Um momento de paz!
Vivemos em uma época de agitação, onde tudo parece estar em estado de ebulição, as pessoas parecem não ter tempo para nada, e tudo tem que ser pra ontem.
Nem me lembro mais de quando tive um momento de paz, hoje em dia a coisa mais difícil de se conseguir é um momento de paz. Estou falando daquela paz quando o coração desacelera, as preocupações parecem distantes e o respirar é tranquilo e o sono não parece uma obrigação, e tudo que desejamos e ficar olhando para o céu.
Este desejo parece um sonho tão distante da realidade, nossos compromissos parecem mais importantes que as nossas próprias necessidades biológicas. Não nos alimentamos adequadamente e comemos tão rápido que as vezes nem sentimos o gosto do que estamos ingerindo. Não dormimos o suficiente, queimamos etapa do círculo natural para nossa regeneração e depois, tentamos corrigir tudo com remédios e mais remédios. Corremos o tempo todo e nunca alcançamos o pódio.
Isto é vida moderna! Não, isto é loucura.
O Senhor da existência, nosso Deus, não nos criou para sermos escravos de nada, muito menos do tempo. O tempo serve para organizar, nivelando o ritmo de tudo.
O escritor do livro de Eclesiastes faz uma excelente reflexão sobre o tempo oportuno para tudo, trabalhando bem esta situação desacerbada do homem em relação aos seus afazeres.
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz. Eclesiastes 3:1-18.
O livro inteiro de Eclesiastes aponta para a estultícia natural do homem e sua ignorância. Revelando a mediocridade do pensamento humano e a limitação de entendimento. Impelindo-o ao entendimento para a luz do evangelho. Onde somente em Deus, o homem encontrara paz, alegria e justiça.
Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.
Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.
Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.
O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.
Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.
Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.
O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois. Eclesiastes 1:2-11.
(Temos aqui um penetrante realismo que faz à alegria e à fúria, aos triunfos e as derrotas, um jogo de luz e sombras, e termina afirmando que tudo é vaidade Eclesiastes 1:2 - 12:8. Contudo, paradoxalmente, a vida toda do homem deve reverenciar e obedecer a Deus, uma vez que é a ele que finalmente prestaremos conta. Eclesiastes 12:13-14. W. Gordom).
Amém.