Isto significa vida eterna: Que absorvam conhecimento de ti, o único Deus verdadeiro a e daquele que enviaste, Jesus Cristo. João 17:3

Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa. Atos 16:31

domingo, 17 de agosto de 2025

A Pequenez, a Grandeza e o Silêncio Reverente

 

                                                                                    A Pequenez, a Grandeza e o Silêncio Reverente

   Olhar para a imensidão do céu noturno, pontilhado de estrelas incontáveis e galáxias distantes, é uma experiência que dilata a alma e reduz o ego. Nesse instante de contemplação, a pequenez humana se revela com clareza avassaladora. Somos um grão de poeira cósmica, uma existência breve diante da eternidade do universo. E é justamente nessa percepção de nossa insignificância que a “grandeza de Deu” se ergue majestosa e indizível. Tudo o que construímos, almejamos e julgamos importante parece desvanecer-se diante da Glória insondável do Criador.

    Frente a essa realidade, qual deve ser nossa postura? O caminho apontado é claro: 

viver“centrados nos Seus ensinamentos e obedientes à Sua vontade”.

    Não por imposição, mas por reconhecimento. Pois existe uma verdade universal, luminosa e consoladora:

Deus é bom, e Sua vontade é perfeita e agradável (Romanos 12:2).          

    Enquanto nos agitamos tentando controlar os fios do destino, Ele tece a tapeçaria da história com sabedoria infinita e amor incondicional.

    Contudo, nossa soberba insiste em nos cegar. Arquitetamos projetos grandiosos, elaboramos planos minuciosos, sonhamos com conquistas elevadas. Muitas vezes, porém, erguemos edifícios existenciais, exclusivamente voltados para o nosso prazer pessoal, efêmero e raso.     

   Tornamo-nos medíocres em nossa expectativa intelectual,  contentando-nos com migalhas de conhecimento, enquanto nos julgamos profundos. Soberbos em nosso próprio entendimento. Qualificamo-nos como seres plenamente capazes, senhores do nosso destino.

   Quando, na verdade, diante da vastidão do Cosmo e da plenitude do Senhor Altíssimo. Insignificantes é o que somos.

    Essa contradição se infiltra até mesmo em nossa expressão de fé. Frangloriamo-nos de joelhos calejados pela oração, como se isso fosse troféu. Expressamos cânticos de adoração com voz alta, mas, às vezes, com o coração distante.  Orgulhamo-nos de declamar Seus mandamentos e preceitos, usando-os até como arma contra o irmão.  

    Transformamos a religião em performance, esquecendo-nos de que o Altíssimo perscruta as intenções mais profundas.

    E é aqui que uma virtude esquecida, porém fundamental, ressurge: o silêncio.

   Não o silêncio vazio, mas o silêncio reverente, cheio de presença e humildade. A maior virtude pode ser uma boca que se cala:  

    * Que não fala mal do seu irmão, semeando discórdia onde deveria haver amor.  

    * Que não argumenta sobre o que não conhece, evitando a arrogância do falso saber.  

    * Que não se perde em tagarelices e sandices, preservando a dignidade da palavra.

    Pois, no reino de Deus, vale mais um fiel calado, cuja vida é testemunho mudo de integridade, amor e obediência, do que um orador eloquente, cujas palavras soam como sinos, mas cujas ações negam a verdade que profere.

    O silêncio do humilde que ouve, que serve, que ama sem alarde, ecoa mais alto nos céus do que todos os discursos recheados de vanglória.

    Que a contemplação da imensidão celeste nos lembre sempre de nossa pequenez, nos conduza à adoração genuína, livre da auto justificação, e nos ensine o valor sagrado do silêncio que honra a Deus e respeita o próximo.

     É no reconhecimento de nossa insignificância diante do Eterno que encontramos nossa verdadeira grandeza: a de sermos amados e resgatados por Ele.

 

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